Entre papel e caneta

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    Ele é todas as coisas mais bonitas que um coração gelado precisaria para se aquecer. Como se nada fosse passageiro, ele sorri, então. Queria saber se ele não tem noção do quanto isso é bonito. Sua alma, distante de tudo que, um dia, consegui enxergar, era real. Realidade e imaginação. Talvez houvesse trilhado caminhos errados, mas, no final da desgastada caminhada, ele conseguiu acertar o caminho que clareia qualquer escuridão aqui dentro. Você precisa entender, ele é como um céu escuro cheio de estrelas brilhantes, daquelas que só aparecem pra chamar sua atenção e tirar um sorriso cansado do seu rosto. E não seria só um sorriso. Seus olhos escondem muito mais do que qualquer um poderia ler. Não é comum, nem é igual. É mais do que aquela sensação de paz que sentimos quando deitamos em nossa cama a noite ouvindo a música perfeita. Nesse caso, a sua voz. E tudo cabe dentro daquele coração, eu sei. E, talvez, também sinto. Ele vai sorrindo pra mim, aquele sorriso que me salva em dias ruins, enquanto vou adormecendo e deixando tudo para o dia seguinte. E, assim, acaba mais um daqueles escritos que, em algum dia, saberá que é para ele. Ao menos, um dia saberá.

Texto: Thays Ribeiro